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sábado, 1 de outubro de 2011

Jeito vip de ficar em forma


Depois do personal trainer, a moda agora entre os empresários são as academias particulares

Se a mais nova tendência do fitness se espalhar, daqui a pouco as academias de ginástica brasileiras não vão ter mais nenhum executivo ou empresário em suas esteiras. Eles agora são adeptos de um tipo de malhação muito mais confortável, prática e luxuosa: a academia particular. Isso mesmo. Esqueça aquela história de fazer uma malinha de ginástica, ficar uma hora no trânsito, trocar de roupa num vestiário coletivo, malhar olhando para o relógio e sair voando para o trabalho. Os homens de negócio estão preferindo cuidar dos corpos em centros de ginástica montados em suas próprias casas ou escritórios. “Não é só uma tendência”, diz André Galvão, presidente da Associação Brasileira de Personal Trainers. “É uma solução”. E não pense que se está falando aqui daquela esteira colocada no canto do quarto (e que, invariavelmente, vira cabideiro). As academias privadas podem contar com várias bicicletas, esteiras com TV, aparelhos de musculação, simuladores de escada e remo, ar condicionado, espelhos, som, videocassete, geladeira, área de descanso, solarium e sauna. “Houve uma evolução”, diz Kiko Bonventti, da Kiko’s Fitness, especialista em equipamentos. “As pessoas não ficam apenas meia hora na esteira. Elas estão investindo numa sala inteira e num personal trainer”.

As academias privadas só estão deixando de ser coisa de amador porque o investimento nelas tem sido profissional. Há quem gaste entre R$ 100 mil a R$ 150 mil para montar uma sala completa em casa. Na Kiko’s, por exemplo, nos últimos dois anos foram vendidas 15 academias de R$ 50 mil reais. Pode parecer exagero, mas nessa área, o céu é o limite. Uma bicicleta ergométrica, por exemplo, pode custar de R$ 600 - a nacional mais simples - até US$ 10 mil - modelo profissional importado. Por isso, mesmo antes de montar suas academias, os executivos contratam personal trainers para elaborar um projeto. Foi o que fez o empresário Reimon Saab Jr., que há um ano e meio montou um centro de ginástica high tech em seu escritório. “Tinha preguiça ao sair do trabalho e pegar uma hora de trânsito para malhar”, explica. Com a ajuda de seu treinador ele escolheu aparelhos como um remo digital, uma bicicleta com tevê, um simulador de escada, esteira e estação de musculação. Agora, Reimon treina quatro vezes por semana e, de tão satisfeito, está finalizando sua segunda academia particular. Desta vez, em casa. Entre a ambientação do lugar e aparelhos, o empresário gastou cerca de R$ 120 mil. “Vou usar a da minha residência pelas manhãs para fugir do trânsito, e a do escritório, à noite”.

Não é só o conforto que tem levado os empresários à malhação em casa. “A facilidade é maior. Se um dia eu cismo em fazer uma corrida, em dois minutos estou na esteira”, conta o empresário Leonardo Senna, diretor-executivo da Audi Senna. “Tenho tudo o que preciso.” Além da esteira, a máquina mais usada na academia da cobertura de Leonardo é uma estação de musculação com 30 exercícios e que pode ser usada simultaneamente por até três pessoas. “A opção em casa serve tanto para os que já praticam esporte como para os iniciantes”, diz Marcelo Bueno Rodrigues, da Jump Sport Fitness. É o caso do presidente do grupo VR, Abram Szajman. “Sempre fui muito sedentário até ter problemas cardíacos”, conta. Foi aí, há dez anos, que Szajman investiu o equivalente a R$ 40 mil numa academia com oito aparelhos. Lá, ele passa duas horas por dia, três vezes por semana.

“Houve uma época em que a moda era o home theater. Agora, todo mundo sonha em transformar o antigo salão de festas em academia”, conta o arquiteto Roberto Migotto. Nove em cada dez projetos residenciais assinados por ele incluem uma academia em casa. Mas não basta comprar os aparelhos. Um cuidado fundamental para os malhadores – em casa ou no escritório - é não ceder às tentações do ambiente. “É preciso fixar uma horário para o treino e encarar aquilo como um compromisso”, recomenda o treinador Vanderlei Pereira. Essa é a principal dificuldade que a empresária Mariângela Bordon, presidente da Ox Cosméticos, encontrou ao montar sua academia ao lado da sala de trabalho. “É comum alguém me pedir para atender um telefonema enquanto estou pedalando”, diz ela. “Desde que montei aqui, acho que faço menos ginástica do que quando tinha uma na minha casa”.

Por Fabiana Godoy

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